Crisálidas febris a pernoitar pela madrugada fria em inquietas fontes de prazer e agonia reverberam solenes, a canção de uma primavera que ainda dormita, ouvindo o canto sutil das invernadas.
A espera da terra no cio, o prazer da semente fecundada no leito verde das campinas, a canção que canta o vento, enquanto penteia a cabeleira das florestas em síncopes de cor e de perfume...
Ah!... É a sinfonia da vida que recomeça a cada instante, conquanto treva, no grito gesto de um silêncio repetido através do eco dolorido dos sinos pelos vales, onde permanecem, para sempre, os suspiros de uma primavera envolta em cânticos de paz e esplendor.
E eu, pássaro livre no deslumbramento desse espaço experimento a vibração do vôo plácido, o vôo azul, inesgotável como um arpejo na melodia infinita, no infinito dos meus sonhos, brilhando ao sol como ametista e diamante na concha de coral azul do firmamento em prece.
Te amo!
Scarolla Carolina
Scarolla Carolina
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