Derramo meus versos
sensuais, na sua lembrança que,
triste e rude fere.
Maldita para sempre
a dor a arder como um vulcão.
Não poderia jamais
saciar o monstro desse sonho
que ressurge a cada vez que morre.
Insensatez. Lúdica forma
De explicar. -- Ah! O inverno,
ergo a voz, rouca.
A minha alma te chama
quando envolta em seda sinto o vento
glacial das madrugadas a envolver-me
o corpo frio e perdida de amor ainda clamo:
guia-me tua visão e aroma
misture-se à minha alma,
consola, no suave sabor
de um vinho amargo e rubro.
E eu cantava assim...
Eu tinha sonhos: todos mortos
envoltos na fatal melodia da desesperança.
E o ócio fatal que o meu amor devora
perfura-me a alma
no festim das rígidas agonias.
Aspiro essa volúpia
de tudo que espero e ainda quero
enquanto minha alma canta...
Maldito sonho, maldito para sempre
o sonhador volúvel,
a saudade inglória que
arde nos abismos
da pupila
no fascínio do nada...
A vertigem,
a insanidade.
Te verei um dia?
Eternidade.
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