(para a escritora Sônia Carolina)
Josélia Costandrade
Um samovar de prata... Se perdidas
no tempo incauto, surgem mil lembranças,
rasgando os véus, as portas escondidas,
escancarados, nas trilhas de andanças.
Balalaicas tangidas pelo vento,
na densa noite, de céu camuflado,
visões tão claras vem – lhe ao pensamento,
como quadro por um mestre pintado.
Leve aroma de rosa e de verbena,
envolve o perpassar de cada cena,
num abraço do tempo não silente.
No samovar, sobre os carvões, a chama
o chá borbulha, o coração se inflama
com a emoção do passado presente.
Querida amiga josélia, causou-me intensa emoção o poema que me dedicou. Parece-me ver e sentir pelas esteiras do tempo, fluídas lembranças aromatizadas pelo chá de rosas vermelhas, borbulhante e eroticamente envolto em suave perfume adoçicado...
ResponderExcluirPerspassam vultos envoltos em delicadas organzas, nacaradasas em vaporosas teia e tudo é pura e simplesmente emoção.
Deus a abençõe em seu talento invulgar.